" O banquete de Roseana
Com os presídios em chamas, o Maranhão escolherá nesta semana as empresas
que abastecerão as geladeiras de Roseana Sarney (PMDB) em 2014. A lista de
compras da governadora inclui 80 kg de lagosta fresca, uma tonelada e meia de
camarão e oito sabores de sorvete. As iguarias deverão ser entregues na
residência oficial e na casa de praia usada pela peemedebista. O Estado prevê
gastar R$ 1 milhão para alimentar a família Sarney e seus convidados até o fim
do ano. " (FSP- Painel - 08/01/2013).
Ao ler a notícia acima na folha de hoje, não pude deixar de lembrar dos personagens de Rabelais - Gargântua e Pantagruel- desde bebês, ferozes e insaciáveis devoradores de tudo - rebanhos, plantações, animais, enfim tudo que era produzido.
Garimpando um pouco na rede encontrei coisas bem interessantes. O mais interessante sem dúvida, são os livros de Rabelais.
Resumo: - Gargantua e Pantagruel -
Na genealogia fantástica traçada na obra
de François Rabelais (1494-1553), tudo começa com um banquete extravagante:
jogar fora qualquer comida é inimaginável; recusar alguma iguaria está fora de
cogitação. E, assim, Gargamelle, mulher de Grandgousier, devora tripas de boi
até não mais poder – e come tanto que acaba por dar à luz os próprios
intestinos. Em meio à confusão, nasce, pelo único orifício então disponível na
glutona (a orelha), o gigante Gargântua, que viria a ser o pai de Pantagruel,
outro comilão e beberrão memorável.
Gargântua e Pantagruel - François Rabelais
Tudo começa com um banquete extravagante: jogar fora qualquer comida é inimaginável; recusar alguma iguaria está fora de cogitação. E, assim, Gargamelle, mulher de Grandgousier, devora tripas de boi até não mais poder – e come tanto que acaba por dar à luz os próprios intestinos. Em meio à confusão, nasce, pelo único orifício então disponível na glutona (a orelha), o gigante Gargântua, que viria a ser o pai de Pantagruel, outro comilão e beberrão memorável. Foi por meio desses dois personagens, aparecidos nos livros Gargântua (1534) e Pantagruel (1532) François Rabelais fez do grotesco, do escatológico e do humor levado ao limite do absurdo a sua distinção como um dos mais radicais e originais humanistas do Renascimento.*
Imagens das obras. Fonte: Google. |
Usava a imagem de dois gigantes, pai e filho, que canalizavam em seu dia a dia todos os defeitos da sociedade da época. A obra foi considerada imprópria e condenada pela Universidade de Sorbone e pelo parlamento francês que trabalhavam como uma espécie de "censura" da época.
O livro contava com um humor bem popular e os gigantes viviam às voltas com prazeres físicos e mundanos da vida: a comida, a bebida e o sexo. Rabelais ainda usava a obra para satirizar o ascetismo religioso, os costumes da Cavalaria, a senha conquistadora dos reis e até mesmo o sistema educacional da época, mas sem causar grandes estragos com seu texto, apesar de alguns protestos, como os que causaram a censura da obra.
Pantagruel Les horribles et épouvantables faits et prouesses du très renommé Pantagruel Roi des Dipsodes, fils du Grand Géant Gargantua ("Os horríveis e apavorantes feitos e proezas do mui renomado Pantagruel, rei dos dipsodos, filho do grande gigante Gargântua") é o herói do primeiro romance , publicado em 1532. Pantagruel é filho do gigante Gargântua e de sua mulher Badebec, que morre durante o parto.
Um grande boa-vida, alegre e glutão, destaca-se desde a infância por
sua força descomunal - superada apenas por seu apetite. Seu nome
significa "tudo alterado" e é também o nome de um demônio do folclore
bretão cuja atividade preferida era a de jogar sal na boca dos bêbados
adormecidos, para lhes causar sede e fazê-los beber ainda mais.
Em suas andanças, Pantagruel encontra Panurge, um clérigo arruinado
que se tornará seu companheiro de aventuras e também protagonista de
vários episódios do romance. Fortemente inspirada na tradição oral do
medievo, nas gestas e nos romances de cavalaria, a narrativa
constitui-se de episódios épicos, cômicos, eventualmente delirantes e
grotescos, narrados em linguagem simples.
O gigante Gargântua, ilustração de Gustave Doré, 1873. |
Após o grande sucesso do seu primeiro livro, Rabelais publica o segundo romance, Gargântua, originalmente chamado La vie très horrifique du grand Gargantua, père de Pantagruel (" A vida mui horrífica do grande Gargântua, pai de Pantagruel").
Em virtude da censura da Sorbonne, Rabelais escreveu ambos os livros sob o pseudônimo Alcofrybas Nasier, um anagrama
de seu próprio nome. De todo modo, Pantagruel acabou condenado pela
Sorbonne, sendo incluído entre os livros obscenos e censurados. Em 1564 o Index librorum prohibitorum (
Índice dos Livros Proibidos, uma lista de publicações literárias que
eram proibidas pela Igreja Católica) , promulgado pelo Papa, classificou
as obras de Rabelais como heréticas.
Gargântua é o primeiro volume da história dos gigantes Gargântua e
Pantagruel.
Apesar de ser o primeiro na ordem cronológica, foi o segundo a ser
escrito. O livro trata da história do gigante Gargântua, pai de
Pantagruel, rei dos dipsodos. Os livros ficaram famosos na França, mas
foram proibidos pela Sorbonne por seu conteúdo obsceno. Em virtude da
censura, Rabelais escreveu ambos os livros sob o pseudônimo Alcofrybas Nasier,
um anagrama de seu próprio nome. De todo modo, Gargântua, assim como
Pantagruel, acabou condenado pela universidade francesa, sendo incluído
entre os livros obscenos e censurados.
Rabelais: um crítico do seu tempo
Rabelais: um crítico do seu tempo
Nascido entre 1484 e 1494 – não existem
fontes seguras quanto ao ano do seu nascimento -, Rabelais foi escritor,
padre e médico. Entrou para a História justamente pelos seus escritos,
que traziam à tona, de forma sarcástica, os defeitos de uma sociedade
presa às eternas amarras do passado.
Quando ainda era padre, logo após sua
ordenação em 1525, Rabelais viajou por muitas regiões da França, quando
teve a oportunidade de entrar em contato com diversas peculiaridades do
povo francês, seus dialetos, tradições e costumes. Durante o período do
monastério, ele chegou a estudar Medicina mas não se aprofundou a ponto
de ser considerado médico. Formou-se apenas em 1530, em Montpellier,
após largar a ordenação. Depois de formado, foi trabalhar em Lyon, e em
1532 publicou a primeira de suas duas comédias mais famosas,
“Pantagruel”. **
Rabelais (1494-1553) |
François Rabelais (Chinon, 1494 — Paris, 9 de abril de 1553) escritor, padre e médico francês do Renascimento, que usou, também, o pseudônimo Alcofribas Nasier (um anagrama de seu verdadeiro nome).
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