Em artigo intitulado Assédio Moral: A Violência 'Justificada' na Lógica Econômica, a autora Lis Andréa Sobol analisa diferentes formas de assédio moral, tanto interpessoal quanto organizacional como uma expressão extrema da violência psicológica no ambiente de trabalho:
Assédio Moral Interpessoal é definido como um conjunto de comportamentos hostis, repetitivos, que perduram no tempo, constrangem, isolam, expõem e procuram destruir uma ou poucas pessoas escolhidas como alvos.
Assédio Moral Organizacional a estrutura e os aparatos organizacionais são articulados para construir uma política de violência, formas abusivas de gestão como: 1) Gestão por Injúria; 2) Gestão por Estresse; 3) Gestão por Medo.
1. Gestão por Injúria: Humilhações, constrangimentos, falta de respeito como forma de conseguir obediência e submissão. Tomam a forma de exposições que depreciam as pessoas, palavras que rebaixam, ataques na frente dos outros ou em particular. O alvo das agressões não é definido. Todas as pessoas do grupo / equipe são maltratadas indistintamente.
2. Gestão por Estresse: Tem o objetivo de aumentar o desempenho, a eficiência ou a rapidez no trabalho e não pretende destruir o trabalhador, embora as consequências para a saúde do trabalhador possam ser desastrosas e são devidas ao exagero das pressões impostas, com dosagens erradas.
3. Gestão por Medo: Tem a ameaça implícita ou explícita como estímulo principal para gerar a adesão do trabalhador aos objetivos organizacionais. Ser ameaçado de perder o emprego, o cargo, ou ser exposto a constrangimentos, favorece condutas de submissão e obediência, mas favorece também condutas agressivas. O trabalhador tende a atacar para não ser atacado, excluído, assumindo comportamentos anti-éticos, deteriorando o clima e as relações de trabalho.
"Tanto o assédio moral interpessoal como o organizacional atingem a dignidade, a autossegurança e a identidade das pessoas, que passam a questionar sua capacidade e competência, podendo causar danos graves na saúde e na vida familiar".
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