
Corrida Eleitoral aponta vitória tranquila de Dilma
A cena eleitoral de 2014 está a um milímetro do tédio. Dilma
Rousseff voltou a cair, informa o Datafolha. Mas Aécio Neves também
oscilou para baixo. E Eduardo Campos escorregou de tal maneira que já
sente o hálito do pastor Everaldo. Só uma coisa cresceu exuberantemente:
o desalento. O pedaço do eleitorado que declara não saber em quem votar
subiu de 8% para 13%. A turma do voto nulo ou branco soma 17%. Ou seja:
a legião dos sem-candidato atingiu a marca dos 30%. Nessa fase da
eleição, é coisa jamais vista desde a sucessão de 1989. A taxa de
desencanto (30%) é, hoje, quatro vezes maior do que o potencial de votos
atribuído a Campos (7%). Supera o índice de Aécio (19%) em 11 pontos.
Está na bica de alcançar o percentual amealhado por Dilma (34%). É como
se o eleitor informasse que está farto das virtudes encenadas. O
candidato a presidente da República é um sorriso, é uma mão estendida, é
um discurso ensaiado. Porém, se o Datafolha está informando alguma
coisa relevante, é o seguinte: o presidenciável já não pode ser apenas
uma pose. É preciso que, por trás da coreografia, exista uma noção de
rumo. Ninguém disse ainda, talvez por pena, mas está claro que o eleitor
enxerga o espetáculo encenado até aqui por Dilma, Aécio e Eduardo como
um torneio de mediocridade. Se o voto não fosse obrigatório no Brasil,
2014 correria o risco de virar um teatro sem plateia.
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