Urubu veio de cima
Com fama de dançador
Urubu chegou na sala
Tirou dama e não dançou
Ora, dança urubu
Eu, não senhor
Tira a dama, urubu
Eu sou doutor
Urubu chegou de fraque
Cartola e calça listrada
Urubu deixa de prosa
Vem cair na batucada
Urubu perdeu a fama
E se desmoralizou
Apanhou a melhor dama
Foi dançar e encabulou
Com fama de dançador
Urubu chegou na sala
Tirou dama e não dançou
Ora, dança urubu
Eu, não senhor
Tira a dama, urubu
Eu sou doutor
Urubu chegou de fraque
Cartola e calça listrada
Urubu deixa de prosa
Vem cair na batucada
Urubu perdeu a fama
E se desmoralizou
Apanhou a melhor dama
Foi dançar e encabulou
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O URUBU E O DOUTOR
Ora, dança urubu / Eu não senhor / Ora, dança urubu/ Eu sou doutor...
Ora, dança urubu / Eu não senhor / Ora, dança urubu/ Eu sou doutor...
Hoje, dia do médico no Brasil, nada melhor que esta música, autor desconhecido para ajudar o Doutor a aprender a dançar e a rir de si mesmo...
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Neste momento, um pesado rolo compressor posto em movimento pelo governo, explora uma das maiores carências da nossa população, o atendimento à saúde pública, usando os médicos como bodes expiatórios, ao mesmo tempo que tenta barrar a tramitação no congresso de soluções de verdade como o financiamento de 10% do orçamento da União para a saúde e a criação de uma carreira de Estado para os profissionais de saúde do SUS (não apenas os médicos).
A imagem dos médicos foi destruída com um misto de autoritarismo e bom mocismo que caracteriza o lulopetismo no poder. A desqualificação dos conselhos de ética médica, auxiliada pela inabilidade das próprias entidades e a ingenuidade de muitos médicos que chegam a aplaudir a perda de suas prerrogativas, terá consequências muito destrutivas, ainda difíceis de avaliar, para o que restava de dignidade e seriedade no exercício da medicina brasileira.
A exploração das carências da população, o jogo do marketing político para eleger o atual ministro, as pesquisas mostrando o evidente apoio popular obtido, vão criando um clima de silenciamento bastante conveniente.
Assim vão sendo criadas as bases de uma medicina pobre para os pobres e outra medicina rica para os ricos . As políticas neoliberais avançam sobre o SUS, já quase inteiramente privatizado de forma disfarçada em todo o país.
Ora dança urubu / Eu não senhor / ora dança urubu / Eu sou doutor...
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A AUTONOMIA DOS CONSELHOS DE CLASSE E DE ÉTICA MÉDICA É IMPORTANTE PARA A SOCIEDADE.
Vou repetir porque vejo na imprensa, todos os dias, generalizações sobre os médicos:
Assim como muitos dos meus colegas, não sou contra mais médicos venham de onde vierem, nem concordo com atitudes desrespeitosas aos colegas cubanos, seu sistema de saúde e seu país:
Quanto à autonomia e independência dos conselhos de classe e ética médica, interessa à própria sociedade. Trata-se de Ética Profissional.
Talvez muita gente não saiba que o torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, além de militar, é médico e teve seu diploma cassado pelo Conselho Federal de Medicina, após comprovação de sua participação em sessões de tortura, inclusive da ex deputada Bete Mendes, que o denunciou.
O militar, médico, torturador recorreu à justiça, e até ao STF, conseguindo ganho de causa com base na lei da anistia.
Houve ameaça até de prisão do presidente do CFM. Nem assim o torturador voltou a ser aceito como médico.
Nem mesmo o STF pode obrigar os pares, a tão atacada corporação médica, que considera a medicina uma profissão humanista,incompatível com anistiar a participação de um médico na tortura de qualquer pessoa, por nenhum motivo. Isso não pode ser consertado nem pela lei da anistia ou por qualquer tribunal.
O poder, a máquina publicitária, a exploração de carências da população podem conquistar apoio para servir de pretexto e golpear os próprios instrumentos democráticos da sociedade civil.
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O mínimo dos Cuidados Primários de Saúde e o novo/velho modelo médicocentrico
A AUTONOMIA DOS CONSELHOS DE CLASSE E DE ÉTICA MÉDICA É IMPORTANTE PARA A SOCIEDADE.
Vou repetir porque vejo na imprensa, todos os dias, generalizações sobre os médicos:
Assim como muitos dos meus colegas, não sou contra mais médicos venham de onde vierem, nem concordo com atitudes desrespeitosas aos colegas cubanos, seu sistema de saúde e seu país:
Quanto à autonomia e independência dos conselhos de classe e ética médica, interessa à própria sociedade. Trata-se de Ética Profissional.
Talvez muita gente não saiba que o torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, além de militar, é médico e teve seu diploma cassado pelo Conselho Federal de Medicina, após comprovação de sua participação em sessões de tortura, inclusive da ex deputada Bete Mendes, que o denunciou.
O militar, médico, torturador recorreu à justiça, e até ao STF, conseguindo ganho de causa com base na lei da anistia.
Houve ameaça até de prisão do presidente do CFM. Nem assim o torturador voltou a ser aceito como médico.
Nem mesmo o STF pode obrigar os pares, a tão atacada corporação médica, que considera a medicina uma profissão humanista,incompatível com anistiar a participação de um médico na tortura de qualquer pessoa, por nenhum motivo. Isso não pode ser consertado nem pela lei da anistia ou por qualquer tribunal.
O poder, a máquina publicitária, a exploração de carências da população podem conquistar apoio para servir de pretexto e golpear os próprios instrumentos democráticos da sociedade civil.
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O mínimo dos Cuidados Primários de Saúde e o novo/velho modelo médicocentrico
Primeiro capítulo da exploração político-eleitoreira de uma das maiores carências da população: o atendimento público de saúde.
Um retrocesso maior que no velho modelo hospitalocêntrico. Agora temos o modelo médicocentrico, que segundo declarações da presidenta e do ministro candidatos, já resolveu o problema de mais de 40 milhões de brasileiros, pois 80% dos problemas de saúde se resolvem assim. Basta o médico? Seria bom o ministro voltar a estudar em equipe multidisciplinar, em que consiste o mínimo, o básico, dos Cuidados Primários de Saúde (OMS -Alma Ata, década de 1970).
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