quarta-feira, 25 de junho de 2014

GUERRA DOS HOMENS E OS DEUSES


  
Diomedes (1)

Diomedes, personagem destacado da mitologia grega,  foi  um  guerreiro tão destemido e valoroso como o próprio Aquiles.  Na guerra de Tróia, lutava bravamente quando acabou enfrentando e ferindo o príncipe Páris, protegido de Afrodite (Vênus)*, deusa do amor, que se colocou entre os dois combatentes, sendo ferida por Diomedes.  No mesmo instante, o deus grego da guerra, Áries (Marte), veio em socorro da deusa, mas foi também ferido pelo bravo Diomedes.
   
 No calor da batalha envolvendo deuses e humanos, Áries indignado, clamou a Zeus, deus dos deuses do Olimpo,  ante tamanha ousadia de um mortal. Como se não bastasse, Diomedes bradou que estava disposto a enfrentar o próprio Zeus, caso ele também se envolvesse na peleja.

Ao invés de destruir Diomedes com um gesto ou um raio, Zeus ordenou que os deuses se retirassem do campo de batalha e deixassem aos humanos decidir o destino da guerra...

Na mitologia grega as histórias estão interligadas assim como os personagens humanos e divinos.  Homero, na antiguidade clássica cantou em a Íliada e a Odisséia as principais. Poetas e artistas em diferentes épocas deram continuidade à tradição. Dante Allighieri também incluiu muitas histórias e seus personagens na Divina Comédia, como é o caso do nosso  herói Diomedes...

*A história do Pomo da Discórdia revela porque o príncipe Páris era o protegido da deusa Afrodite.  Começou quando Éris, a deusa da discórdia, após não ter sido convidada para uma comemoração no Olimpo, atirou uma maçã no meio da festa, em Direção a Zeus e Hera, onde estava escrito: para a mais bela. 

Zeus então com receio de magoar alguma das deusas poderosas como Hera sua esposa e Minerva (deusa da sabedoria e da justiça), pediu ajuda a Hermes (Mercúrio) que trouxe o mortal Páris para ajudar na escolha da mais bela.  Páris escolheu Afrodite, entregando-lhe o pomo da discórdia, após um truque em que a Deusa faz cair um manto, deixando  transparecer  toda a sua beleza. 

Como recompensa a deusa Afrodite, ante o olhar apaixonado de Páris, promete-lhe a mais bela mortal: Helena, que era casada com o rei Menelau, daí toda a história que deu origem à guerra de Tróia e a proteção de Afrodite que Páris passou a ter por toda a sua vida.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Compartilhando Gullar




NÃO HÁ VAGAS

O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
- porque o poema, senhores,
está fechado:
“não há vagas”
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
O poema, senhores,
não fede
nem cheira
( Ferreira Gullar )

sexta-feira, 13 de junho de 2014

JOHN DONNE REVISITADO





 
Morte, não te orgulhes, embora alguns te provem
Poderosa, temível, pois não és assim.
Pobre morte: não poderás matar-me a mim,
E os que presumes que derrubaste, não morrem.
Se tuas imagens, sono e repouso, nos podem
Dar prazer, quem sabe mais nos darás? Enfim,
Descansar corpos, liberar almas, é ruim?
Por isso, cedo os melhores homens te escolhem.
És escrava do fado, de reis, do suicida;
Com guerras, veneno, doença hás de conviver;
Ópios e mágicas também têm teu poder
De fazer dormir. E te inflas envaidecida?
Após curto sono, acorda eterno o que jaz,
E a morte já não é; morte, tu morrerás.
John Donne

sexta-feira, 6 de junho de 2014

MEDIOCRIDADE POLÍTICA OU POLITICA DA MEDIOCRIDADE?


Corrida Eleitoral aponta vitória tranquila de Dilma
A cena eleitoral de 2014 está a um milímetro do tédio. Dilma Rousseff voltou a cair, informa o Datafolha. Mas Aécio Neves também oscilou para baixo. E Eduardo Campos escorregou de tal maneira que já sente o hálito do pastor Everaldo. Só uma coisa cresceu exuberantemente: o desalento. O pedaço do eleitorado que declara não saber em quem votar subiu de 8% para 13%. A turma do voto nulo ou branco soma 17%. Ou seja: a legião dos sem-candidato atingiu a marca dos 30%. Nessa fase da eleição, é coisa jamais vista desde a sucessão de 1989. A taxa de desencanto (30%) é, hoje, quatro vezes maior do que o potencial de votos atribuído a Campos (7%). Supera o índice de Aécio (19%) em 11 pontos. Está na bica de alcançar o percentual amealhado por Dilma (34%). É como se o eleitor informasse que está farto das virtudes encenadas. O candidato a presidente da República é um sorriso, é uma mão estendida, é um discurso ensaiado. Porém, se o Datafolha está informando alguma coisa relevante, é o seguinte: o presidenciável já não pode ser apenas uma pose. É preciso que, por trás da coreografia, exista uma noção de rumo. Ninguém disse ainda, talvez por pena, mas está claro que o eleitor enxerga o espetáculo encenado até aqui por Dilma, Aécio e Eduardo como um torneio de mediocridade. Se o voto não fosse obrigatório no Brasil, 2014 correria o risco de virar um teatro sem plateia.

SONATA PATÉTICA

 Sonata Patética  Cassiano Ricardo Como na música de Gil "Lá em Londres querendo ouvir Cely Campelo prá não cair naquela ausência,  naq...