sábado, 1 de setembro de 2018

OS ENSINAMENTO DOS PAIS SOBRE AS ARMAS E A PAZ

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O meu pai era homem de muita paz e também de muita coragem. Viveu e morreu em paz. Considerava, parafraseando meu avô, que era essa a verdadeira riqueza.
Aprendi com ele que a posse de arma de fogo é apenas um último e limitado recurso de defesa pessoal do cidadão habilitado para tanto. Não coloca ninguém em condições de igualdade com a bandidagem armada. Não é solução para nada.
Para o pai tratava-se de direito civil que não estava em negociação. No tempo e nos lugares em que viveu era necessidade e direito. Ele via com profunda desconfiança e intenções golpistas, os governos que queriam desarmar completamente a população.
Também desconfiava de quem apregoava o armamento indiscriminado se exibindo ou exibindo armas. Pelo contrário, considerava que eram muito raras as pessoas em condições de ter porte de arma de fogo.
Ensinar crianças a atirar "para que não cresçam covardes e medrosos" é falsa educação. Coragem de verdade é uma coisa bem diferente.
Pense numa coisa perigosa: Beber e dirigir carro?
Tem muita gente dirigindo bêbada, armada e se achando.
Na verdade o avô nunca se interessou por armas de fogo. Mas sabia atirar (o que é que aquele velho não sabia?). Ganhou de presente do filho, meu pai, uma arma que ficava guardada num cofre, como uma jóia com munição.
O pai manejava com habilidade uma calibre 12 quando caçava perdiz em um tempo de fauna muito abundante e sem caçadores predatórios. Ninguém o viu exibir ou se exibir com arma. Se tivesse de sacar a arma, era atirar para valer ou se arriscar a ser morto. Simples assim.
O avô tinha uma fé poderosa e a proteção divina, assim como tem a minha mãe até hoje.

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