terça-feira, 28 de agosto de 2018

OS ENSINAMENTOS DOS PAIS SOBRE AS ARMAS E A PAZ

Da série
Aprendi com o meu pai:
A posse de arma de fogo é apenas um último e limitado recurso de defesa pessoal do cidadão habilitado para tanto. Para se defender e a sua família.   
Um direito civil do qual não abria mão.  No tempo e nos lugares em  que viveu era necessidade e direito,  não estava em negociação.  Ele via com profunda desconfiança e intenções golpistas, os governos que pretendiam desarmar a todos.
O meu pai era homem de muita paz e também de muita coragem. Viveu e morreu em paz e considerava, parafraseando meu avô, que era essa a sua verdadeira riqueza.
O velho sabia atirar muito bem, manejava uma calibre 12 com muita habilidade quando caçava perdiz em outros tempos de fauna muito abundante sem caçadores predatórios. Depois ele mesmo proibiu toda a caça, pesca e corte de árvores na fazenda e aposentou o fiel cão perdigueiro. Ninguém jamais o viu exibir ou se exibir com armas.
Arma era para ser usada em último caso, para defender a própria vida ou a vida dos seus. Jamais deveria ser usada para exibir, ameaçar ou solucionar qualquer questão. Logo, se tivesse de sacar a arma era atirar para valer ou se arriscar a ser morto.  Simples assim
Era muito cauteloso e não vivia apregoando armas para todos.  Muito pelo contrário. Acreditava que eram muito raras as pessoas em condições de portar armas de fogo e não gostava de exibicionismos, fanfarronices e histeria quando o assunto era arma de fogo.

Via como grande perigo a arma nas mãos de despreparados ou de valentões. Perigo para o próprio e para os outros. E desconfiava profundamente de quem vivia fazendo apologia do uso indiscriminado de armas para todos.
Ensinar crianças a atirar "para que não cresçam covardes e medrosos" é falsa educação. Coragem de verdade é uma coisa bem diferente.
Pense numa coisa perigosa: Beber e dirigir carro?
Tem muita gente dirigindo bêbada, armada e se achando.
O pai assim como o pai dele eram  homens de muita coragem.  Que não tinha  a ver com a posse ou uso de armas. Vinha deles mesmos.
 Na verdade o avô nunca se interessou por armas de fogo. Mas sabia atirar. (O que é que aquele velho não sabia?).   Ganhou de presente do filho, meu pai,   uma arma  que ficava guardada num cofre, como uma jóia com munição . O  meu avô paterno  confiava muito em Deus e a bíblia era sua maior arma.   Uma fé poderosa assim como tem a minha mãe até hoje.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

SONATA PATÉTICA

 Sonata Patética  Cassiano Ricardo Como na música de Gil "Lá em Londres querendo ouvir Cely Campelo prá não cair naquela ausência,  naq...