sábado, 8 de dezembro de 2018

SOLENIDADE DOS 40 ANOS DOS MÉDICOS DA UFBA 1978


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DISCURSO DO ORADOR DE TURMA
(Por ocasião da solenidade de Renovação de Formatura da turma de médicos da UFBA de 1978).

“ Eu juro, por Apolo médico, por Esculápio, por Higéia e Panaceia, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir segundo o meu poder e a minha razão, a promessa que se segue.  (assim começa o juramento de Hipócrates).
...Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar plenamente da vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, que me suceda o contrário."         ( assim termina).
Me permitam dizer mais duas palavrinhas sobre o mestre de Esculápio, Quíron o centauro.
Na mitologia grega,  Cronos (Saturno, para os romanos), se disfarçou assumindo a forma de um belo cavalo para se esconder de sua esposa, a deusa Reia, e se unir à ninfa Filira.      Dessa união nasceu o Centauro Quíron. Metade humano, metade animal. Apesar de rejeitado pela mãe por sua estranha forma, o bebê centauro foi adotado e educado por Apolo, deus do sol e da beleza que lhe ensinou as artes, o conhecimento, o aperfeiçoamento do dom e da aptidão para a cura.
Quíron era sábio, ensinava a música, a arte da guerra e da caça, a moral, a astronomia, mas sobretudo  a medicina. Foi o grande educador de heróis, entre outros,  Jasão, Hércules, Teseu, Perseu, Aquiles e Esculápio. Uma espécie de pediatra dos filhos de deuses, semideuses e heróis em perigo por causa das traições e vinganças entre deuses e deusas.
Quíron foi ferido acidentalmente por seu amigo e discípulo Hércules, com uma flecha envenenada com o sangue da Hydra (um dos 12 Trabalhos de Hércules). O curador ferido como ficou também conhecido,  não podia curar a si próprio, nem morrer. A imortalidade, também imortalizava a dor, o sofrimento. Ele pediu para ser aceito no mundo dos mortos por Hefestos. Terminou sendo eternizado pelos deuses na constelação de sagitário. Essa busca de inspiração e do sagrado, do dom, da inspiração, está presente desde a medicina grega mitológica até a ciência moderna laica e tecnológica. Assim nos aproximamos um pouco da arte e da cultura. A medicina como uma profissão culta e humanista.
Mas vamos tentar numa aterrisagem suave, voltar para a Bahia. Nós que nos amávamos tanto, temos tanta história que daria para várias trilhas sonoras. Felicidade, passei no vestibular...
E aí começaram os melhores anos de nossas vidas. Aquele aqui e agora para estudar medicina e viver sob o sol de Salvador fazendo parte deste povo baiano, sagrado e profano, no carnaval, nas serenatas na lua cheia na lagoa do Abaeté e tudo a que tínhamos direito. Eu não tenho dúvida. Foram os melhores anos de nossas vidas. Por sermos jovens e compartilhar esse tempo vivendo intensamente, estamos aqui hoje celebrando. Alguns já se foram. Não posso deixar de citar a nossa colega Virgínia Gumes Andrade, com quem fui casado e que é mãe da nossa filha Isadora, que por sua vez é neta dos professores Zilton e Sônia Andrade, verdadeiras lendas vivas da medicina e da ciência. Isadora não pôde vir, mas está representada pelo irmão, Rafael Chaves Galvão, jovem advogado, meu filho e da colega Maria Engrácia. Também está presente Rosangela da Luz Matos, minha partner.
Fomos privilegiados com grandes mestres. Muitos já partiram. Heonir Rocha, Rodolfo Teixeira, Guilherme Lyra, Rebouças para representar os maiorais.  Continuam vivos na nossa memória e nas suas contribuições à medicina e à ciência, atuais, presentes nas publicações e compêndios médicos que ainda são utilizados e nesse sentido, são também imortais.  A todos,  mestres e colegas que conviveram, compartilharam tudo e continuam nos nossos corações, nossa sincera homenagem.

...Nós que nos amávamos tanto, temos tanta história que daria para fazer várias trilhas sonoras.
“40 anos e nenhum problema resolvido, sequer colocado” ... Não resisto ao verso de Drummond.
 A nossa turma, há 40 e poucos anos atrás, fez uma greve em plena ditadura militar, uma greve histórica, a primeira em uma instituição de ensino superior, depois do AI 5.   Fizemos a nossa greve. Saímos às ruas, pedimos apoio, fizemos manifestações, abaixo assinado nos cursinhos de pré vestibular, na Barroquinha, na Av. Sete. Recebemos apoio de entidades, do cardeal Brandão Vilela, do abade do mosteiro de S. Bento, Dom Timóteo Amoroso Anastácio,  personalidades, entidades. A imprensa rompendo a censura e a auto-censura pôde finalmente noticiar. Documentar.
 Veio um figurão de Brasília,  do ministério da educação para negociar o fim da greve, que chamávamos de paralização ou assembleia geral permanente, para não ferir susceptibilidades e atrair repressão violenta.
A nossa greve virou tese acadêmica. Teria sido um impulso para o movimento estudantil no estado e mesmo no país.  Explodiu uma greve geral da UFBA naquele mesmo ano.
Vivenciamos depois a invasão policial do Hospital das Clínicas,  nosso território sagrado, com bombas de gás lacrimogêneo penetrando no interior das enfermarias. Dois colegas foram presos pela PF por dar carona a lideranças para furar o cerco ao hospital. Eu e Virgínia éramos os caronas. Sobrou para Rui Marcelo (que já descansa na paz de Deus) e para o colega Reinaldo, aqui presente, que tiveram de passar uma noite na PF –Polícia Federal.
Foi um aprendizado do exercício da cidadania, de luta por condições de ensino e por democracia em regime ditatorial.  Uma bela combinação de resistência pacífica com desobediência civil no melhor estilo praticado por Gandhi. Valeu a pena? Tudo vale a pena quando a alma não é pequena como dizia o poeta.
Sempre me vem a memória um fato pitoresco, no final da assembleia que decidiu pela greve. Foi perguntado democraticamente sobre quem não aderia. E um único colega ficou de pé e disse em alto e bom som. EU NÃO ADIRO!
A frase ficou ecoando e até hoje tenho vontade de dizer o mesmo sobre uma série de coisas às quais eu não adiro. E vou aproveitar este momento para dizer ao menos uma delas para finalizar. Li há pouco uma frase que dizia: -Eu já precisei de médico, encanador, eletricista, agricultor, etc., mas nunca precisei de um artista. Seguiam-se aplausos entusiasmados e ataques violentos a muitos artistas brasileiros e baianos por causa de suas preferências políticas.  Aplausos a um país sem artistas. Sem ter a quem aplaudir. Eu definitivamente não adiro a este tipo de coisa.
Digo mais, não estou preocupado com os artistas, eles já fazem parte da história das artes e da cultura. Já são imortais.
Me preocupa muito mais a gente que pode estar se tornando uma gente bárbara, insensível, em guerra contra nós próprios e com os nossos artistas.  Assim como eu não sou obrigado a seguir as preferências políticas dos artistas, eles também não são obrigados a seguir as minhas.
Atacar os nossos artistas é como cuspir para cima. Se muitos continuarem cuspindo para cima, vamos todos levar uma grande cusparada. É só isso, por enquanto.
Muito obrigado a todos e aos colegas que me escolheram para orador de turma na solenidade de Renovação de Formatura nos 40 anos dos médicos de 1978 da UFBA. Boa noite!



A Intolerância na Escola noTempo do Meu Avô

A Intolerância na Escola Quando Meu Pai Era Criança
...Meu pai, criança na escola primária, numa pequena cidade baiana, no tempo do integralismo,  traz uma novidade para o  meu avô: a professora exigia que todas as crianças se declarassem integralistas para continuarem matriculados na escola dela. Era uma boa professora e uma boa escola, foram estes os motivos da escolha do meu avô para a educação do meu pai.

Naquele tempo não tinha telefone.
O meu avô foi pessoalmente, perguntou se era verdade e comunicou que o filho, ainda era criança, não declararia nada que não fosse da vontade dele, e se preciso fosse sairia da escola, que era particular. A Declaração  de Integralismo não pegou, na escola e  na pequena cidade do meu avô.

Muita gente boa apoiou o integralismo. O lema Deus, Pátria, Família atraiu o meu avô materno, homem íntegro, que quando o jogo político mudou,  foi escolhido por unanimidade para ser o  depositário fiel das armas apreendidas dos conspiradores,  mesmo sendo considerado como um  integralista.

Provocações...
Um dia, um provocador conhecido da família, a cavalo,  começa a fazer evoluções bem na frente da casa, dizendo que o meu avô paterno era comunista, porque não apoiava  integralmente o Integralismo.

O meu avô, sem dizer uma palavra abriu a porta e apoiando-se com a mão direita na imensa tranca de porta em posição de abater cavalo e cavaleiro, ouviu sem dizer uma palavra e sem ultrapassar o umbral.

Na pequena cidade do interior todo mundo já sabia que o meu avô não era integralista e muito menos comunista,  mas juravam, que quem ultrapassasse o umbral daquela porta, fosse integralista ou comunista,  sem ser convidado, provavelmente tomaria uma trancada ali mesmo e o avô ainda teria o apoio da rua inteira. 
Os horizontes do meu avô sempre foram mais amplos. Era um cidadão livre.

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Quem Precisa de Artistas no Brasil? E Quem Não Precisa?

"pérola" na internet:

" No Brasil artistas pensam que são pessoas importantes-Já precisei de médico...-Já precisei de professores...-Preciso de agricultores todos os dias.-Já precisei de mecânico, encanador, pedreiro e muitas outras pessoas...Mas eu nunca precisei de um artista!"

Aplaudindo um país sem artistas, sem ter a quem aplaudir. 
Imagine os EUA sem Elvis Presley, Frank Sinatra, Louis Armstrong, o jazz. A França sem Charles Aznavour, Maurice Chevalier, Piaf... A Argentina sem o Carlos Gardel, o tango...Portugal sem o fado, Espanha sem o Flamengo, a Itália sem Pavarotti, Bocelli a ópera, o mundo sem Maria Callas, o ballet Bolshoi, o Cirque de Soleil, Pina Bausch.
O Brasil sem seus artistas, sem samba, frevo, forró, chorinho.
Imagine uma gente bárbara agredindo seus melhores artistas por suas preferências políticas.
MAS NÃO É COM OS ARTISTAS BRASILEIROS QUE ESTOU PREOCUPADO, ELES JÁ FAZEM PARTE DA HISTÓRIA DAS ARTES, DA MÚSICA, TEM RECONHECIMENTO MUNDIAL.
ME PREOCUPO COM A GENTE BÁRBARA, INSENSÍVEL E ATRASADA EM QUE ESTAMOS NOS TORNANDO.
EU SEMPRE PRECISEI, PRECISAREI DE ARTISTAS. SINTO TRISTEZA E PENA DE GENTE DE ALMA PEQUENA.
Assim como vc não é obrigado a seguir a preferência política dos artistas, eles tb não são obrigados a seguir as suas. Se não gosta, não ouça, não veja, não compre, desligue, mude de canal.
AGREDIR NOSSOS ARTISTAS É COMO CUSPIR PARA CIMA!
Se muita gente continuar cuspindo para cima, todos levaremos uma cusparada! 

sábado, 10 de novembro de 2018

Somos ou não somos?

Gente civilizada costuma tratar muito bem os seus artistas.
Imagine agredir Charles Aznavour, Maurice Chevalier, Yves Montand na frança
 Frank Sinatra, Elvis Presley nos EUA, 

sábado, 20 de outubro de 2018

CQD -Como Queríamos demonstrar...

OS DOIS CENÁRIOS

1. Se o Haddad ganhar
Será o coroamento de uma estratégia bem elaborada do Lula. Bem sucedida quanto aos votos que transferiu e quanto ao Haddad que é um excelente candidato e comparando os dois, muito melhor preparado, com mais história, ganha qualquer comparação disparado. Tem tudo para ser um bom presidente e representar bem o Brasil no conjunto dos países do mundo. Terá de consertar a economia com o mundo dando voltas e forte oposição interna. A extrema direita tentará deslegitimar a eleição ou impedir a posse? Talvez, mas não prospera.
Quem ganhar governará.

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

O Treme Terra Morreu...


...No início do século XX e da República, nos confins da Bahia e fim do mundo...

Grande feito militar grave derrota. O Treme Terra Morreu...

O coronel Moreira César, importante comandante comandante do exército brasileiro no início da república,  reuniu uma tropa com 3.000 combatentes, embarcou-os em navios na cidade do Rio de Janeiro, a capital da república e os comandou pessoalmente, conduzindo-os em terras baianas  por via ferroviária,  a pé e a cavalo.  Assim, em tempo recorde para os padrões da época,  se posicionou frente ao arraial de Canudos nos confins da Bahia, fim do mundo.

Moreira César da época do Prudente de Morais, era conhecido como o Treme Terra.  
 Eles não perdeu tempo, atacou com sua tropa o arraial de Canudos mas foi morto em combate logo no início da batalha. 

A morte do Treme Terra desencadeou a dispersão da tropa que foi atacada e dizimada pelos conselheiristas ou jagunços como eram conhecidos e ainda recolheram armas. Não eram tantos, nem bem armados. 

Era só o começo da tragédia, chamada a guerra de Canudos...


(O texto acima, eu resumi. Quem quiser saber mais é só ler Os Sertões de Euclides da Cunha peça clássica de jornalismo e literatura brasileira. Vale a pena...

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

sábado, 13 de outubro de 2018

O DIREITO DE ESCOLHER EM PAZ

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É verdade. O candidato da extrema direita pode ser eleito, mesmo sem se apresentar para o debate ou apresentar algum programa de governo consistente.
Pode também ser pré absolvido da violência praticada por seus seguidores pois afinal, não pode controlá-los,  ele mesmo foi vítima da facada. Além do mais, tem coisas iguais e piores do outro lado segundo a narrativa...

Pode ganhar sim. É o jogo democrático. A soberania popular. Se ganhar governará e haverá oposição. E se o povo quiser escolher um novo salvador da pátria no próximo pleito, não será novidade, já temos uma galeria...

 Mas até lá, estão rolando os dados...

Temos o direito de votar em paz. Sem violência.
Expor a sua preferência, o seu candidato, é um direito de todos. Violência gera violência como numa epidemia. . Os mais atacados serão os de sempre: mulheres, negros, pobres, diferentes, ou pode ser você ou um dos seus. Agressores são covardes. Não podem ser encorajados.

domingo, 7 de outubro de 2018

ELAS POR ELAS (2) AS BACANTES...

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AS BACANTES tragédia grega clássica de Euripedes , conta um ataque devastador das mulheres de Tebas à cidade e a sua  autoridade máxima, Penteu, que era e personificava o poder.

Dionysos ou Baco fez exigências que  Penteu se recusou a atender :

  • Reconhecimento e adoração a Baco como a  divindade do pão, do vinho, da música, da dança, das artes, da natureza, da vida, do prazer.
  •  Reconhecimento de Baco \ Dionysos como filho de Zeus, o deus do Olimpo com a sua mãe Sêmele,  esposa do rei  Cadmos, seduzida pelo deus. Ela não podia mais como fora em vida,  ser vista como uma adúltera e ele, Baco,  um bastardo. Só isso.


Penteu  grande governante que era e personificava o poder,
se recusou a ouvir o velho profeta cego Tirésias,  mandou prender e acorrentar  um mensageiro do deus, ignorou todos os avisos sobre o poder do deus que estava desafiando.
Finalmente proibiu o culto das bacantes, as mulheres que celebravam o deus, em rituais para os iniciados, na natureza, tocando, cantando, dançando, celebrando, se entregando aos prazeres do corpo.

Baco, disfarçado como um belo jovem,
depois de induzir o poderoso Penteu a se vestir de mulher para assim poder ver os rituais das Bacantes, o humilha na vida e  na morte, solta os presos das correntes e grades, desencadeia  a tragédia:

As Bacantes, dotadas de força descomunal,  podiam despedaçar grandes animais com as próprias mãos, e assim fizeram diante dos olhos perplexos dos homens...

...Enquanto o palácio vinha abaixo por causa de um terremoto que se abateu sobre Tebas,
Ele, Penteu,  teve a sua cabeça arrancada e foi despedaçado pela própria mãe, com as próprias mãos, com a ajuda das outras mulheres, diante de todos.
Quando a consciência voltou, a dor, o desespero da mãe que tinha verdadeira adoração pelo filho,  a tragédia não terá fim, ou não seria a tragédia grega.


quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Elas por Elas (2) O Poder das Bacantes...

Elas por Elas (2) O Poder das Bacantes...

As Bacantes, de Eurípedes, clássico da tragédia grega conta a história de como as mulheres tebanas terminaram por invadir a própria cidade, tendo à frente a mãe de Penteu.
Ele, Penteu era e exercia a autoridade máxima em Tebas. Ele se recusou a reconhecer o poder do deus Dionysos, ou Baco, que queria ser reconhecido e cultuado como divindade do pão, do vinho, da musica, da dança, das artes, da natureza. Exigia também o reconhecimento de que ele Baco, era filho da mortal  Sêmele com Zeus, o deus do Olimpo. Queria como ela sua mãe sempre disse sem não foi ouvida.


Penteu mesmo avisado por um mensageiro não reconheceu o deus.

Esta mãe que sempre teve adoração pelo filho, o despedaçou com as próprias diante de toda a cidade.

Ele ignorou o poder de Dionysos ou Baco, deus


quarta-feira, 3 de outubro de 2018

ELAS POR ELAS...(1) O Direito à Virgindade.

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Em homenagem ao prêmio Nobel 2018 pela luta contra a violência sexual como arma de guerra.


O argumento de que foi um erro o movimento das mulheres contra o fascismo sair às ruas (ele#não) no afunilar da eleição, por provocar e aglutinar o antipetismo personificado no candidato da extrema direita,  trai uma visão limitada,  imediatista do significado da verdadeira revolução em curso, protagonizada pelas mulheres em todo o mundo. É um Basta!➹⟴⤥⤭⥉

Quem duvida do que são capazes as mulheres,  talvez não conheça as revoluções que elas já provocaram mudando o rumo da historia da civilização.
Só alguns exemplos:
1.A revolução feminina pela conquista do direito á virgindade: 
Nos primórdios da civilização, ao contrário do que podem pensar muitos e muitas, o direito à virgindade,  em vez de ser um valor conservador foi a maior revolução da humanidade até então, impondo à sociedade um único limite:    A vontade da mulher.🔺🔻.

Ou seja, em vez de continuar sendo tomada pela força, como propriedade de todos os homens da tribo (e também os de outras tribos) agora,  tudo agora vai depender da vontade da mulher.  Pode escolher ser mulher de um só, de nenhum, ficar só. No limite,  a virgindade e o seu oposto: escolher ser mulher quem ela quiser, se quiser . 

Claro, isso mudou tudo, influenciando por via das consequências e das heranças,  o desenvolvimento da Família, do Estado e da Propriedade Privada (título de obra bastante conhecida...). É como se as mulheres tivessem de revolucionar sempre para reconquistar o direito ao seu próprio corpo, e no limite, o direito à virgindade.

⥀ ➹ ➹ ⟲ ⟴

domingo, 30 de setembro de 2018

Voto adulto. Jogo democrático.

Voto adulto. Jogo democrático.
No cenário que temos, polarizado, mas equilibrado, ambos tem muitos votos, ambos são muito rejeitados. Talvez o cenário menos desejável, considerando todas as opções de candidatos que se habilitaram. Logo, qualquer um dos dois no segundo turno poderá ganhar ou perder

"SÓ ACEITO A MINHA VITÓRIA COMO RESULTADO"

$♜♝♞♟🎯🎰🎱🎲🎳🎴🂇🂈🂉🂊🂋🂌🂍🂎🂏🂐
"Só aceito o resultado se ganhar a eleição?

 Isto não é jogo democrático,  cidadão.
 É dado viciado.
 Isto sim, é tentar fraudar uma eleição! 


🁟🁠🁡🁢🁣🁤🁩🂠🂑🂦🂥🂤🂣🂢🃏🎮🎯🎰🎱🎲🎳🎴

SÓ ACEITO SE EU GANHAR?

♜♝♞♟♠♡♢♣♤                                                    🎲🎲🎲🎲🎲🎲
"Não aceito qualquer resultado que não seja a minha vitória"
            Não tem jogo então, cidadão?
                                                                        ♦♧⚀🁽🁾🁿🂀🃔🃕🃖🃗🃘🃙🎯🎲🎳🂳🂴🂵🎮🎴

sábado, 29 de setembro de 2018

DOIS FILHOS VERMELHOS


DOIS FILHOS VERMELHOS


🔺 🔻
A cena se deu na época da ditadura militar,   na Maçonaria de Itapetinga, sudoeste baiano. Velhos amigos confraternizando em dia especial para os maçons.  Filhos estudando em Salvador. Época do AI5, repressão, prisões, mortes. O assunto comunismo e os vermelhos, os comunistas, virou tabu, mesmo para quem tinha algum “subversivo” na família.
De repente o velho Gérson,  pai de Gerson Filho tido como vermelho, um amigo e irmão maçon se aproximou do pai, olhou em volta e perguntou em voz baixa:
-Fala a verdade. Tu também tem um filho vermelho!
-Eu tenho é dois filhos vermelhos!  respondeu o pai se referindo ao mano Beto e a mim, olhando em volta cauteloso pois a barra era muito pesada para os considerados subversivos. Se pegos em ação, era caixão e vela.
Confraternizaram cúmplices e o pai que não gostava do comunismo mas se dava bem com os comunistas e seus familiares,  contou ao amigo Gerson, que o filho mais velho era paraquedista do exército em treinamento na selva amazônica para combater guerrilhas e guerrilheiros.
-E se acontecesse um confronto entre os irmãos?  quis saber o velho Gérson.
Meu pai que era um democrata de verdade,  tinha orgulho igual dos filhos e achava tudo aquilo natural e admirável de algum modo, não se deu por achado:
-Vou lá e paro a guerra, a guerrilha, o que for, tiro os meninos de lá e depois eles continuam se quiserem.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Quem Tem Medo da Venezuelização? E Quem Não Tem?


Quem Tem Medo da Venezuelização? E Quem Não Tem?

Entrevista com Hadad, madrugada de ontem, Renata Lo Prete pergunta se a Venezuela é exemplo para o Brasil na visão do PT e do próprio candidato.
Mesmo refazendo 3 vezes a pergunta, faltou uma resposta assertiva do tipo: -Claro que não! a Venezuela não é bom exemplo de nada para ninguém! Precisamos apoiar o povo venezuelano.
Segmentos indecisos, muito numerosos não vão votar no PT por temerem uma venezuelização do Brasil. Vão reforçar o medo?
Porque continuar com este abraço de afogados com o Maduro em momento de grande desgaste dessa figura histriônica em banquete de luxo no exterior?
Receio de reações internas no próprio PT dos que não querem pensar?
(Da série, tem gente que não pensa, ou pensa que é de esquerda).

sábado, 1 de setembro de 2018

OS ENSINAMENTO DOS PAIS SOBRE AS ARMAS E A PAZ

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O meu pai era homem de muita paz e também de muita coragem. Viveu e morreu em paz. Considerava, parafraseando meu avô, que era essa a verdadeira riqueza.
Aprendi com ele que a posse de arma de fogo é apenas um último e limitado recurso de defesa pessoal do cidadão habilitado para tanto. Não coloca ninguém em condições de igualdade com a bandidagem armada. Não é solução para nada.
Para o pai tratava-se de direito civil que não estava em negociação. No tempo e nos lugares em que viveu era necessidade e direito. Ele via com profunda desconfiança e intenções golpistas, os governos que queriam desarmar completamente a população.
Também desconfiava de quem apregoava o armamento indiscriminado se exibindo ou exibindo armas. Pelo contrário, considerava que eram muito raras as pessoas em condições de ter porte de arma de fogo.
Ensinar crianças a atirar "para que não cresçam covardes e medrosos" é falsa educação. Coragem de verdade é uma coisa bem diferente.
Pense numa coisa perigosa: Beber e dirigir carro?
Tem muita gente dirigindo bêbada, armada e se achando.
Na verdade o avô nunca se interessou por armas de fogo. Mas sabia atirar (o que é que aquele velho não sabia?). Ganhou de presente do filho, meu pai, uma arma que ficava guardada num cofre, como uma jóia com munição.
O pai manejava com habilidade uma calibre 12 quando caçava perdiz em um tempo de fauna muito abundante e sem caçadores predatórios. Ninguém o viu exibir ou se exibir com arma. Se tivesse de sacar a arma, era atirar para valer ou se arriscar a ser morto. Simples assim.
O avô tinha uma fé poderosa e a proteção divina, assim como tem a minha mãe até hoje.

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SONATA PATÉTICA

 Sonata Patética  Cassiano Ricardo Como na música de Gil "Lá em Londres querendo ouvir Cely Campelo prá não cair naquela ausência,  naq...