domingo, 25 de janeiro de 2015

DEUSA DO ÉBANO 2015


Ontem, 24/01/2015.
Diferente dos concursos de beleza tradicionais, em vez de apenas desfilar,  a Deusa do Ébano se apresenta dançando com todas as cores e movimentos dos orixás do culto Afro.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

TENTATIVA PARA SALVAR A POESIA

 

Resultado de imagem para imagens do poeta  Eduardo Alves da Costa

TENTATIVA PARA SALVAR A POESIA:

poesia agoniza e eu choro 
 com medo de perder a vaga
 de poeta.
Os mais velhos recomendam 
cautela com a emoção, repouso, caldo de galinha e linguagem à antiga.
Os fatalistas lamentam o cinema e chamam ao nosso século o “das artes visuais”.
A televisão é a culpada sentencia um jornalista versado em filatelia,
 enquanto uma equipe de cirurgiões estetas luta para livrar o coração da enferma de adiposidades românticas.
E eu, que havia programado uma carreira nas letras,seguro a caneta como um boi a olhar um palácio.
Cruzo na sala de espera 
com médicos anestesistas Concretistas, praxistas 
e derrubo uma bandeja de letrinhas coloridas, espaços em branco,ideogramas chineses, balas – belas – bilis – bolas – bulas e seringas.
Quando dou por mim estou chutando um caranguejo
e comendo bala de goma 
e limpando um cisco na dragona enquanto o dragão não vem. Quero ver quem tem coragem pra contestar
leva rasteira quem se levantar e toma golpe de karatê e cotovelo na cotovia e samba-de-breque teleco-teco peteleco na orelha – segura, meu chapa! 
e é só esteta voando contra a parede com nariz de sangue e olho inchado de levar porrada.
 Abro a janela e mando a doente sair pela tangente com um tapa no traseiro e outros babados.
A menina não tem nada, minha gente.
ai, morena, pega teu rumo
e toma tento
que essa frescura te mata.
Eduardo Alves da Costa

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Por que não fomos Charlie?

Profeta Maomé de novo na próxima capa do "Charlie Hebdo"
Capa da nova edição com o profeta Maomé chorando:EU SOU CHARLIE.

 


Mesmo reconhecendo o direito de quem faz questão de dizer "Eu não sou Charlie", penso que assumir esta afirmativa: "JE SUIS CHARLIE" diante do mundo todo, tem o significado de dizer que neste momento, todos somos Charlie, diante dos assassinatos covardes, da necessidade de reafirmar o direito à vida, à liberdade de expressão, concordando ou não com quem ou o que se diz. " O resto é silêncio", ensurdecedor...

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Compartilhando Clóvis Rossi na FSP de hoje



Por que não fomos Charlie?


Da Presidência da República às ruas, o Brasil está sendo incapaz de fazer parte do mundo
O Brasil fez um silêncio ensurdecedor nesses dias de comoção pelos crimes de Paris, em especial no domingo, dia de uma manifestação que até quem, como eu, já acompanhou dezenas delas, só pode qualificar de impressionante.
Pena que o silêncio não tenha sido em sinal de respeito pelos mortos. Foi apenas um clássico brasileiro: a incapacidade ou a inapetência (ou ambas) de se mobilizar, de ganhar a rua, de protestar, de reclamar, de ser inconformista.
Silêncio que começa lá em cima, na Presidência da República. É de uma mentalidade hiperburocrática a decisão de designar o embaixador em Paris como representante do Brasil.
Nem precisava: competente como é, o embaixador José Bustani teria comparecido à manifestação mesmo que não fosse escalado para tanto.
Tudo bem que a agenda de Dilma Rousseff pudesse estar sobrecarregada e que, por isso, ela não pudesse comparecer. Mas custava designar, por exemplo, o vice-presidente, Michel Temer que, de resto, tem substituído a presidente em outros momentos diplomáticos?
Ou o ministro do Exterior? Ou o da Justiça, até porque havia uma reunião para discutir terrorismo, território de responsabilidade de José Eduardo Cardozo?
Nem me venha, por favor, com o exemplo dos Estados Unidos, que também mandaram o seu embaixador (embaixadora no caso). A mídia norte-americana não perdoou. Nem a francesa.
A omissão brasileira torna-se ainda mais problemática quando se computam determinadas presenças.
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, por exemplo, foi aconselhado pela França a não comparecer, para não criar um ambiente de cisão. Foi assim mesmo e ficou na primeira fila, a quatro pessoas de seu adversário, o palestino Mahmoud Abbas.
Outro, aliás, que poderia não ter ido, já que o Ocidente (o sujeito oculto da solidariedade) não faz nem remotamente o necessário para que os palestinos tenham o seu Estado.
A Rússia, em conflito aberto com a Europa, nem por isso deixou de mandar seu chanceler.
Afinal, quem tem um dedo de visão diplomática sabe que "as grandes manifestações nas ruas legitimam uma luta redobrada contra um terrorismo reduzido à delinquência, e não portador de valores políticos e religiosos", como escreveu Joaquín Prieto em sua coluna para "El País".
Mas a crítica não pode se limitar ao andar de cima. A rua também se omitiu. Não vale dizer que a França é longe. Hoje em dia, nem a China, do outro lado do mundo, é tão distante.
Buenos Aires é ainda mais distante de Paris, o que não impediu cerca de mil pessoas, segundo o jornal "Clarín", de se manifestarem domingo diante da embaixada francesa.
Já na avenida Paulista, na sexta-feira, dia em que também houve manifestações na Europa toda, ninguém se lembrou de parar um minuto o protesto contra o aumento dos transportes para repudiar o terrorismo.
Tudo o que diz respeito à vida humana deveria interessar aos brasileiros. Mas parece que estamos fora do Universo.
P.S.: Rumo a Davos, uma semana de férias.
crossi@uol.com.br

 

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Pátria Educadora?


É como fechar o Museu de História Natural dos Estados Unidos,  da série de filmes sucesso de bilheteria, Uma Noite no Museu ou seu congênere de Londres e de outras grandes capitais. Também temos múmias egípcias, maias, incas,  baleias gigantescas, dinossauros,  o meteoro bendengó um dos maiores do mundo, história natural, social, artistica,  dos povos indígenas e primitivos, muita, muita história...
 Pátria Educadora que fecha um museu de praticamente 2 séculos??? Reage Brasil!








      

BRASIL Museu Nacional, o mais antigo do Brasil, fecha por falta de dinheiro


O Museu Nacional, mantido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e sediado na Quinta da Boa Vista, na zona norte do Rio, está fechado para visitantes desde esta segunda-feira por tempo indeterminado, por falta de verba para pagar os serviços de limpeza e vigilância. Especializado em história natural, é o maior museu dessa área na América Latina e o mais antigo centro de ciência do País. Foi inaugurado em junho de 1818 – vai completar 197 anos daqui a seis meses, portanto. O anúncio do fechamento foi feito por meio do site do museu, que atribuiu o fechamento a “problemas com os serviços de vigilância e limpeza”. Em nota, a diretora do museu, Cláudia Rodrigues Carvalho, e o coordenador do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, Carlos Vainer, mencionam e criticam a contenção de verbas pelo governo federal. “Naquela que deveria ser a ‘Pátria Educadora’, conforme promessa da Presidente Dilma Roussef em sua posse, a UFRJ não tem recebido os recursos que lhe cabem, inclusive para pagamento das empresas que prestam serviços de limpeza e portaria ao Museu Nacional. Impotente diante do que parece ser uma total insensibilidade da chamada ‘política de austeridade’ diante das necessidades básicas de nossa Universidade e, neste caso, do Museu Nacional, só nos resta esclarecer a comunidade universitária e a sociedade sobre a realidade que explica a suspensão das visitas, e vir a público para solicitar o apoio da sociedade e buscar sensibilizar as autoridades governamentais”, afirma a nota.

SONATA PATÉTICA

 Sonata Patética  Cassiano Ricardo Como na música de Gil "Lá em Londres querendo ouvir Cely Campelo prá não cair naquela ausência,  naq...