quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

VERISSIMO E O ESTRANHAMENTO

Tempos estranhos

Enquanto a direita se delicia com o espetáculo de capitalistas sendo presos, a esquerda realiza um sonho da direita, desmoralizar para melhor desnacionalizar a Petrobras

Tá tudo atravessado
Sem cabeça nem pé:
Home casa com home
Mulhé casa com mulhé.
Tempos estranhos, tempos estranhos. Enquanto a direita se delicia com o espetáculo de capitalistas sendo presos, a esquerda realiza um dos sonhos da direita, o de desmoralizar para melhor desnacionalizar a Petrobras. Um lado assumiu o papel do outro, é home com home e mulhé com mulhé, e não se entende mais nada. Despidas de todas as suas outras óbvias implicações, as revelações sobre a relação das empreiteiras com as estatais e o poder publico são uma aula do capitalismo de compadres em ação. Os escândalos do propinato na Petrobras e da cartelização em São Paulo para assegurar contratos sem obedecer à aborrecida formalidade de licitações provam, como se fosse preciso mais provas, o que está no Marx para principiantes: o caminho natural do capital é para o monopólio. O compadrio das empreiteiras faz pouco da importância da competição no mercado supostamente autorregulavel da pregação liberal. É compreensível que a direita festeje o embaraço da esquerda com as revelações que levaram diretores de empreiteiras à prisão e podem até punir a Dilma pela audácia de ganhar as eleições. Mas o capitalismo brasileiro também está levando suas lambadas neste entrevero.
O Roberto Campos chamava a Petrobras de “Petrossauro” e entregá-la a estrangeiros mais competentes sempre foi um mantra da direita. Os entreguistas não orquestraram o que está acontecendo com a Petrobras agora, mas, se tivessem planejado sua atual transformação, de orgulho nacional em vergonha nacional, não teriam tido tanto sucesso. É, irônica e dolorosamente, sob um governo de esquerda, aspas à vontade, que o orgulho está chegando a um estado terminal. Nem a Margaret Thatcher, que privatizou toda a Inglaterra, tocou no serviço nacional de saúde do país, que atravessou governos conservadores e pseudoprogressistas e permanece até hoje como uma espécie de cidadela socialista, sem aspas, em meio à comercialização de tudo. O Chile de Pinochet seguiu à risca a receita neoliberal da escola de Chicago para a sua economia, mas nem Pinochet acabou com o controle estatal do cobre, que também continua até hoje. Não se esperava que a cidadela Petrobras, que sobreviveu aos ataques da direita durante todos estes anos, fosse ser atacada por dentro. Mesmo que o governo não esteja envolvido diretamente no esquema da corrupção, é responsável pelo desleixo que a propiciou. E pela alegria dos entreguistas.
Tá tudo atravessado
Sem cabeça nem pé:
Não se sabe quem é o quê
Nem se sabe quem não é.

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sábado, 6 de dezembro de 2014

Ex presidente estadista Latinoamericano

Ex presidentes podem continuar contribuindo politicamente e assumindo papel de estadista e liderança internacional...

Sábado, 06 de Dezembro de 2014 - 08:20

Mujica pede que Obama retire bloqueio a Cuba

Mujica pede que Obama retire bloqueio a Cuba
Foto: Reprodução,
O presidente uruguaio, José Mujica, pediu aos EUA para retirarem o bloqueio a Cuba, em uma carta aberta ao presidente americano, Barack Obama, publicada nesta sexta-feira (5). O pedido foi feito às vésperas da chegada de seis presos de Guantánamo ao Uruguai. "A ocasião é propícia para pedir novamente a retirada do injusto e injustificável embargo à nossa república irmã Cuba cujo herói nacional (o escritor e jornalista José Martí) foi cônsul do Paraguai, Argentina e Uruguai em Nova York", afirmou Mujica na carta. O presidente também pediu a "libertação de Oscar López Rivera, lutador da independência de Porto Rico, de 70 anos, preso político nos EUA há mais de 30 anos, 12 dos quais ficou em uma cela isolada. E a libertação de Antonio Guerrero, Ramón Labañino e Gerardo Hernández, cubanos presos nos EUA há mais de 16 anos". Segundo a Associated Press, os seis detentos liberados de Guantánamo ao Uruguai, foram presos de forma considerada injusta por supostas ligações deles com o terrorismo islâmico. Mujica ainda não confirmou a data de chegada. A imprensa local afirma que os presos chegarão até o fim deste mês. Desde que Obama assumiu a presidência, os EUA libertaram 43 presos de Guantánamo enviados a 17 países que aceitaram recebê-los. Outros 38 voltaram às suas nações de origem e 154 permanecem na prisão localizadas na ilha de Cuba. 


SONATA PATÉTICA

 Sonata Patética  Cassiano Ricardo Como na música de Gil "Lá em Londres querendo ouvir Cely Campelo prá não cair naquela ausência,  naq...