segunda-feira, 29 de setembro de 2014

TURANDOT Andrea Bocelli

  Turandot

Andrea Bocelli

Turandot
Nessun Dorma
Nessun dorma, Nessun dorma!
Tu pure, o Principessa,
nella tua fredda stanza,
guardi le stelle
che tremano d'amore e di speranza.
Ma il mio mistero e chiuso in me,
il nome mio nessun sapra!
No, no, sulla tua bocca lo diro'
quando la luce splendera'!
Ed il mio bacio scioglierà il silenzio
che ti fa mia!
(Il nome suo nessun saprà!
e noi dovrem, ahime, morir!)
Dilegua, o notte! Tramontate, stelle!
All'alba vincero'! No one sleeps! No one sleeps!
You too, O Princess
in your cold room
are watching the stars
which tremble with love and hope!
But my secret lies hidden within me,
no one shall know my name!
No no, on your lips I will tell you,
when daylight will come
and my kiss shall break
the silence which makes you mine
no one shall discover your name!
And we will be able to die!)
Depart, oh night! Fade away, you stars!
At dawn I shall win!



RESUMO DA ÓPERA
Turandot foi a última ópera de Giacomo Puccini. Concluída em 1926, Conta a história de uma princesa, filha de Altum, imperador da China.  Turandot era uma princesa bela e cruel, traumatizada para sempre pela história de sua ancestral a princesa Lo-u-Ling, estuprada e assassinada quando os tártaros invadiram e conquistaram a China. Turandot jurou jamais se casar ou se entregar a um homem.
Mas o império Chinês precisava de um sucessor. A princesa então impôs uma condição ao imperador Altum:  O pretendente teria de resolver três enigmas. Caso falhasse pagaria com a própria vida. Três chances para morrer e apenas uma para viver ao  lado da bela princesa:

1. "Qual é o fantasma que nasce todas as noites, apenas para morrer quando chega a  manhã?"
2.    "O que é vermelho e quente como a chama, mas não é chama?"
3.    "Qual é o gelo que te faz pegar fogo?"
 
Ato I
"Perchè tarda la luna?"
O Príncipe da Pérsia não teve sorte: será executado ao nascer da lua. A multidão aguarda ansiosa para assistir à execução.
A lua surge no céu. Aparece o Príncipe da Pérsia a caminho do patíbulo;
Em êxtase místico, embriagado pela beleza de Turandot (que entra em cena pela primeira vez), não  parece assustado diante da morte.
Tomados de compaixão pelo jovem príncipe, todos suplicam-lhe por clemência. Sem hesitar um  segundo, num gesto imperioso, frio, e cruel, ela dá o sinal ao carrasco que faz descer o machado no pescoço do príncipe.  Neste exato momento surge o Príncipe Desconhecido e se apaixona por Turandot, anunciando sua intenção de se candidatar à mão da princesa. 
Signore ascolta”
No meio da turba ensandecida está o velho Timur, incógnito príncipe destronado dos tártaros, e sua fiel servidora Liù. O Príncipe Desconhecido, filho de Timur, exulta de alegria ao reencontrar seu pai, que julgava morto. Todos tentam demovê-lo da idéia: seu pai, os três ministros imperiais Ping, Pang e Pong, e Liù que, numa comovente ária, Signore ascolta, confessa que está apaixonada pelo príncipe desde o dia em que pela primeira vez o viu sorrir no palácio real.

Non piangere Liù
O Príncipe pede-lhe que nunca deixe de tomar conta de seu velho pai, se ele vier a faltar (Non piangere Liù). Aos gritos gerais de louco! insensato! o que estás fazendo? - o príncipe toma do martelo, e dá três golpes no gongo, sinal de que está se candidatando à mão de Turandot.

Ato II
Os três ministros Ping, Pang e Pong discutem o destino da China,  desde que Turandot começou a reinar. Ninguém mais tem paz no Celeste Império: o machado e os instrumentos de tortura funcionam noite e dia. Monta-se a cena diante do Palácio Imperial para a cerimônia dos enigmas.
Surge em cena o velho imperador Altum, que tenta convencer o jovem pretendente a desistir: "Permite, meu filho, que eu possa morrer sem levar para o túmulo essa culpa pela tua jovem vida, muito sangue já correu!" Mas é tudo em vão, a obstinação do jovem Príncipe Desconhecido deixa todos estupefatos. Surge Turandot, que olha o candidato com olhar frio, impassível, e cheio de desdém. Sua voz se faz soar pela primeira vez: 
"In questa Reggia"
"Neste palácio (In questa Reggia), já faz mais de mil anos, um grito desesperado ressoou; e aquele grito, da flor da minha estirpe, um eco eterno na minh'alma deixou. Princesa Lo-u-Ling!… Há séculos ela dorme na sua tumba enorme! Estrangeiro, desiste! Os enigmas são três, a morte é uma." 
Tendo o príncipe recusado sua última chance de escapar ileso,Turandot expõe seu primeiro enigma:  -Qual é o fantasma que nasce todas as noites, apenas para morrer quando chega a manhã? 
                     -É a esperança,  responde o príncipe. Os três sábios do reino consultam o livro das respostas: primeira resposta, correta.
Turandot, por um breve momento, parece ter sentido um choque, mas não se deixa abater, e diz cheia de escárnio: "Sim! A esperança que ilude sempre!"
Impassível, ela propõe o segundo enigma:
-O que é vermelho e quente como a chama, mas não é chama? 
-O sangue, responde o príncipe.
Os sábios consultam seus livros: a segunda resposta também está correta. Agora, Turandot parece ter perdido um pouco a compostura, mas se convence de que nem tudo está perdido.
O terceiro enigma:     -Qual é o gelo que te faz pegar fogo?
                                -Turandot!
"Turandot! Turandot!" gritam os sábios em coro. Resposta correta! Agora, o desespero toma conta de Turandot, que se atira nos braços do pai: "Pai, não me obrigue a entregar-me a este estrangeiro!" Mas seu pai lhe responde que nada pode fazer: o juramento é sagrado. O Príncipe Desconhecido, porém, afirma que não quer ter Turandot contra a vontade da princesa. Ele propõe-lhe, então, um único enigma; se ela responder corretamente, ele desiste dos seus direitos, e entrega sua cabeça ao carrasco. "Tens até a aurora," diz ele, "para descobrir meu nome."
Ato III
Funcionários públicos percorrem as ruas de Pequim com lanternas acesas. Numa ditadura perfeita, onde ela tem poderes ilimitados, Turandot ordenou que ninguém durma esta noite em Pequim: todos devem ajudar a descobrir o nome do Príncipe Desconhecido. É então que o príncipe canta a celebérrima ária Nessun dorma (Que ninguém durma). Os três ministros Ping, Pang e Pong tentam fazer de tudo para convencer o jovem a desistir, oferecendo-lhe lindas mulheres, riquezas, e um visto de saída da China - mas tudo em vão. De repente, alguém se lembra de que viu o jovem príncipe em companhia de Liù e do velho. Turandot ordena que Liù seja torturada, até que revele o nome do príncipe; ela morre sem dizer uma palavra, numa das mortes mais comoventes de todas as óperas. O dia nasce com o velho chorando sobre o cadáver de Liù. "Liù, bondade! Liù, doçura! Liù, poesia!". Calaf, o principe desconhecido vê Turandot, ela pede que todos saiam e tem um duo com ele (este já composto por Franco Alfano) em que ela se revela humilde. Calaf conta qual é o seu nome, e os guardas chegam; Turandot restaura seu orgulho, mas na hora de falar qual é o nome de Calaf ela fala que o nome dele é "Amor".

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